terça-feira, 16 de setembro de 2008

Existe vida além da Camila...

A lei seca ainda está aí, é verdade, mas já está meio capenga. Confesso que já andei dando minhas saidinhas para uns chopes de carro mesmo. Não acredito mais tanto em blitz como há uns meses. De quinta a sábado, não arrisco, mas uma segunda, uma terça...

Bem, mas no lugar da lei seca, vieram amigas de regime. E assim fui convidada a tomar um suco com três simpáticas moçoilas esbeltas: Ana B., Tai e Carol. Pensei bastante antes de ir. Chovendo. Eu teria que me deslocar até o Leblon. E faria tudo isso para ver apenas três mulheres, nem um moço na brincadeira... e a bebida seria suco.

Bom, fui. E não é que o suco rendeu! De uma amiga que fez oito abortos, passando por outra que depilou que nem a Natália Cassassola com o detalhe de que o namorado passou a máquina lá e um amigo que tem mania de desviar rios! (é, isso mesmo), até confissões de paixonites a primeira vista por um pirralho de 20 anos, teve de tudo um pouco. Entre um suco de maracujá com gengibre e outro.

O meu suco chamava-se Rosa. Falando nisso, houve mais uma confissão de que se gostava de homens rosas, com tendência para engordar, seja lá que perfil de homem é esse. Há gosto para tudo, como diz o ditado. Enfim, meu suco era uma receita especial da casa. E, atenção, era segredo. Nenhuma de nós fez a mocinha contar do que ele era feito, enquanto ainda líamos o cardápio. E só eu, a corajosa!, pediu assim mesmo. Ele veio, todo mundo tomou e continuamos sem saber do que é. Uma fruta e uma hortaliça.

- Goiaba?
- Não.
- Morango?
- Não.
- Beterraba?
- Também não.
- Acerola?
- Não.
- Melancia?
- Não, senhora.

Existe alguma outra fruta rosa? Claro que não. E a mulher ia ficar dizendo ‘não’ lá até morrer, já que é segredo... E ela realmente não conta.

A comida também passou longe da batata frita. Somos muito chiques e comemos coisas como risoto de cogumelos, estrogonofe de palmito, panquecas de vegetais e um yakisoba de tofu. Com direito a ver Grazi Massafera. Magrinha e linda. Com um vestido estranho. Mas ela é o tipo de pessoa que com qualquer coisa tá valendo. Tai pegava. Eu também. Ana B. considera a hipótese e Carol acha que não.

Resistimos bravamente à cerveja. Mesmo com um Informal ali do lado. Incrível. Pagamos a conta e demorou para irmos embora. Ficamos mais uma meia hora divertindo o entregador do lado de fora, que escutava nossos assuntos de ouvido arregalado. Como mulher junta fala besteira! E como isso é bom!

Gosto tanto de mesas com homens que raramente me dou o prazer de dividir o espaço só com mulheres. Pena. Se eu me lembrasse mais vezes de como é bom, daria mais espaço para elas. Não qualquer elas, essas elas: Ana B., Tai e Carol. Adorei. Thanks.

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